O hóquei patins ribatejano, viu crescer, o ainda jovem atleta, João Pedro, mais conhecido no meio como “JP”, de forma muito evidente, com elevado desempenho, tendo efetuado um percurso desportivo, em diversos momentos da sua vida, nomeadamente a sua participação no último Campeonato do Mundo, realizado na Argentina, representando Portugal, ao mais alto nível, devendo ser reconhecido e nada melhor, do que falar com o próprio, para se perceber as dificuldades e sacrifícios, que teve de superar para atingir esse nível de excelência.
Associação de Patinagem do Ribatejo – João, como deve ser do conhecimento de muitos, estiveste na Argentina, em representação de Portugal, como atleta da seleção de SUB 19. Na tua opinião, como é que se consegue chegar a uma seleção nacional?
João Pedro - Com muitas horas de dedicação, quer dentro do treino como fora dele, muito trabalho e esforço, mas acima de tudo, gostar daquilo que se faz. É muito importante ter alegria em todos os momentos em que estamos envolvidos.
APR – Sem dúvida que será sempre necessário muito trabalho. Mas, as tuas próprias qualidades, também ajudaram no teu processo evolutivo?
JP – Sem dúvida que existem atletas, com mais qualidades que outros. Em qualquer um dos casos, devemos desenvolvê-las para atingir um determinado objetivo. No meu caso, aproveitei essas qualidades, dedicando bastante tempo, para atingir um determinado nível, para que, a que a cada dia que passe, me sinta melhor quando estou a competir.
APR – O teu percurso como atleta começou no União Futebol Entroncamento, terá sido nesse Clube que desenvolveste o teu gosto pelo hóquei em patins?
JP – Quando era mais novo, tive acesso muito fácil a patins, porque a minha mãe foi praticante de patinagem artística e o meu pai foi jogador de hóquei em patins, e normalmente as atividades eram no pavilhão do União. Claro que comecei a patinar muito novo, a gostar de ter um stick nas mãos e como a paixão pelo hóquei era enorme, foi muito fácil gostar da modalidade que ainda pratico com enorme alegria.
APR – Nos últimos três anos, foste jogador do Sporting Clube de Tomar, possivelmente encontrar-te uma nova realidade competitiva. Nessa perspetiva, que dividendos retiraste durante esse período e a importância que teve para o teu crescimento, enquanto atleta?
JP – Para o meu crescimento como atleta foi importante, porque comecei a pensar mais com a razão, do que com o coração, devido ao nível competitivo que fui encontrar, claro que, esse fator, ajudou-me a perceber melhor o jogo e a forma como deve ser encarado em cada momento.
APR – Atualmente representas o Sport Lisboa e Benfica, será o sonho de muitos atletas. Na tua opinião, terá sido o reconhecimento do teu empenhamento e dedicação ao hóquei em patins?
JP – Na época passada fui convidado para representar o SLB, claro que isso foi muito importante para mim, porque demonstra que o bom trabalho, tem sempre uma boa recompensa. Esta situação, sendo muito boa, não implica que eu não tenha novos objetivos, que passam por chegar à equipa principal do Benfica, para poder ser campeão nacional e representar novamente Portugal ao mais alto nível, sempre com o foco de melhorar as minhas capacidades, de dia para dia, tanto como pessoa e atleta.